A cerimónia contou com a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, do Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, do Secretário de Estado do Mar, José Maria Costa, da Embaixadora Francesa em Portugal, Hélène Farnaud-Defromont e do Presidente do Conselho de Administração do Porto de Lisboa, Carlos Correia, entre outras personalidades.
A primeira obra a ser revelada foi a criação de Vhils, inspirada numa fotografia de Roger Kahan, fotógrafo e refugiado francês judeu, que encontrou no Porto de Lisboa o último cais na fuga à guerra. A arte de Vhils recriou a fotografia de uma outra refugiada judia junto a um marco de correio, na Gare Marítima da Rocha Conde de Óbidos, antes de embarcar para o outro lado do Atlântico. E é junto a esse mesmo marco de correio, ainda hoje existente, que a obra de Vhils se encontra.
Para o Presidente do Porto de Lisboa, Carlos Correia, “esta dupla homenagem a Roger Kahan, em dia de aniversário do Porto de Lisboa, tem um significado muito importante. Por um lado, recorda o papel decisivo deste porto na história do país e do mundo, ou seja, a altura em que foi o único cais europeu aberto à fuga de refugiados da Segunda Guerra Mundial. Por outro lado, o aniversário dos 136 anos é mais um marco na estratégia de proximidade do Porto à Cidade, ao oferecer a Lisboa, aos seus cidadãos e visitantes, um monumento de um dos mais importantes artistas de arte urbana contemporâneos. Por último, o lançamento do livro de Ferreira Fernandes reforça o conhecimento do papel vital que o Porto de Lisboa sempre teve”.
Depois de revelada a obra de Vhils, a cerimónia prosseguiu no salão da Gare Marítima Rocha Conde de Óbidos, onde decorreu a apresentação do livro de Ferreira Fernandes, na presença da nora de Kahan.
Em junho do ano passado, Ferreira Fernandes assinou uma reportagem sobre Roger Kahan na Mensagem de Lisboa onde lembrou que “a passagem por Lisboa, em 1940, deste importante fotógrafo de cinema em Paris, ficou documentada em fotografias comoventes. Lisboa foi o pivot de uma história que havia de continuar pelo mundo”.